Mensagem de Nossa Senhora à Vassula. Como devemos reagir?
14 de março de 2008
Prefácio:
Recentemente, Vassula nos transmitiu uma mensagem de Nossa Senhora (7 de janeiro de 2008). Vassula e o Pe. John Abberton fizeram vários comentários que ajudarão os leitores a meditar sobre a mensagem. Vassula nos recorda que já lemos coisas semelhantes em mensagens anteriores de A Verdadeira Vida em Deus. Ela também nos adverte que não sabemos quando estas profecias se cumprirão; isso pode levar até mesmo uns dez anos ou mais, nós não sabemos. No artigo a seguir, o Pe. Abberton nos lembra que agora devemos agir tentando viver as mensagens. Levar a profecia a sério significa que devemos responder vivendo já uma verdadeira vida em Nosso Senhor e não esperar mais.
De Pe. John Abberton
Antes de mais nada, é importante dizer que a única coisa nova nesta mensagem é a declaração de que estamos mais próximos de acontecimentos já profetizados. As mensagens de AVVD contêm elementos apocalípticos, e algumas passagens são dramáticas. Por exemplo, veja a mensagem de 28 de abril de 1995, onde Jesus aparentemente fala do que a Bíblia chama de “O Dia do Senhor”:
Ele também fala sobre os seguidores da Besta, alguns dos quais parecem estar infiltrados na Igreja. Ele diz:
O que é esse “fogo”? Nosso Senhor fala do Seu Sopro como “fogo”. Nesta mensagem a palavra “Sopro” é escrita com “S” maiúsculo, e é assim que deve ser, pois o Espírito Santo é o Sopro de Deus. O Espírito Santo é o “Fogo” que vem do Céu.
Vassula nos alertou que, quando lemos passagens como esta, devemos interpretá-las no sentido espiritual. Não devemos pensar sempre em eventos físicos ou geográficos, mas nas mudanças espirituais que o Novo Pentecostes trará para cada um de nós, e como a clara descoberta da Verdade (a “Espada”) agirá como um julgamento, especialmente para aqueles que rejeitaram o Evangelho. Tudo isto está profetizado nas Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Naturalmente, ao lermos a mensagem de Nossa Senhora, devemos admitir que o castigo que virá (se é disso que estamos falando) de fato incluirá verdadeiros acontecimentos físicos. A linguagem inegavelmente aponta para acontecimentos históricos e geográficos:
Imagens semelhantes são encontradas nas mensagens dadas a Don Gobbi, do Movimento Sacerdotal Mariano (o MSM foi mencionado anteriormente nas Mensagens de AVVD). Uma mensagem em particular, de 15 de setembro de 1993, fala sobre a vinda do fogo e diz que uma grande parte da humanidade será destruída. Na mesma mensagem, apesar de não haver referência ao nome, as aparições e a mensagem de Akita são mencionadas. Imagens similares são encontradas em parte da mensagem de Garabandal (também citada nas Mensagens de AVVD e no livro do Movimento Sacerdotal Mariano).
Há mais a dizer sobre isto, mas realmente precisamos saber como devemos responder.
Fiquemos com o sentido espiritual, pois essa é a mais importante interpretação de tais mensagens.
Para começar, a mensagem é desafiadora. Somos postos diante de um espelho e convidados a olhar para nós mesmos. Somos realmente seguidores de Cristo? Aceitamos realmente as Mensagens de “A Verdadeira Vida em Deus”? Estamos vivendo em tempos perigosos. Nossos inimigos podem nem sempre ser visíveis, mas são reais. Estamos encarando esta batalha seriamente? Os primeiros cristãos sofreram e muitos preferiram morrer a negar a Cristo. Eles fizeram muitos sacrifícios que os conduziam, muitas vezes, ao último deles. Estamos vivendo vidas confortáveis? Que sacrifícios estamos fazendo? Se voltarmos à Mensagem de Fátima (1917), veremos que Nossa Senhora nos pede que “vivamos uma vida ativa”, e isto significa oferecer, em consequência, todos os sacrifícios que temos que enfrentar. Em outras palavras, os primeiros sacrifícios que oferecemos são aqueles que se apresentam ao tentarmos viver uma vida cristã, de acordo com nossas vocações, posição na vida (por exemplo: casado, solteiro) e localização geográfica. Em muitos casos, isso será suficiente. Pense nos cristãos do Paquistão!
Para muitos, no Ocidente opulento, mais é necessário, porém, “mais” nem sempre significa “grande”. Não devemos deixar passar um dia sem algum sacrifício. Podemos oferecer uma quantidade de pequenos sacrifícios. Não devemos tentar fazer mais do que Deus nos pede, nem presumir que somos solicitados a fazer sacrifícios além das nossas forças. Devemos nos prevenir contra o orgulho espiritual. Também não nos é permitido prejudicar nossa saúde. Não há necessidade de fazer uma lista dos tipos de sacrifícios que podemos fazer voluntariamente. Não é necessário muito esforço para que cada um de nós decida o que pode fazer. Todavia, o significado mais importante é aceitar os sacrifícios que acompanham nosso comprometimento com “A Verdadeira Vida em Deus”, quer seja rezar mais e melhor, atender aos pobres, testemunhar ou, com certeza, aceitar um verdadeiro sofrimento em união com Cristo. A aceitação paciente da perseguição é parte do acordo.
Ao mesmo tempo, não nos é pedido que estejamos sempre taciturnos. Santa Teresa d´Ávila rezou: “Senhor, livrai-nos dos santos tristes”. Não nos é pedido que abandonemos todas as nossas atividades prazerosas. Nestes tempos, muitas vezes precisamos de relaxamento, e algum entretenimento não é uma coisa ruim, mas devemos nos certificar de que tudo seja feito com o Senhor. Podemos ser convidados a ir a algum lugar ou fazer alguma coisa que já sabemos que não podemos fazer em Sua companhia; devemos recusar esse convite. Este é um exemplo do tipo de sacrifício que devemos fazer para permanecermos fiéis ao nosso compromisso. O Senhor não nos pede que sejamos tristes nem que todos vivamos como eremitas. Se você é um eremita, então deve viver como tal, mas nem mesmo os eremitas devem ser tristes. Todas as nossas atividades são feitas em Sua Presença, quer saibamos disso ou não. Como leitores de AVVD somos convidados a viver o “Nós”. A implicação disso é que não pequemos e que ofereçamos TUDO o que fazemos, pensamos e dizemos em união com os dois corações. Jesus está conosco quer estejamos na Igreja ou no cinema. Já que Ele vai conosco, devemos estar atentos ao que Ele quer e, com base nisso, decidir o que devemos ver ou não ver, fazer ou não fazer. Devemos ser cautelosos em relação a atividades infrutíferas e à perda de tempo precioso. Isto não quer dizer ficar ansioso demais em relação às nossas atividades de lazer, mas manter um equilíbrio apropriado em nossa vida diária.
Uma das coisas mais desafiadoras na mensagem de Nossa Senhora vem no final. Ela pede a Vassula (e a nós também) que “faça suas orações em recolhimento”. Novamente nos vemos diante da necessidade de fazer sacrifícios. Um dos grandes segredos da vida espiritual é a concentração. Podemos descrevê-la assim: tudo que fizermos pode ser feito em oração. Não precisamos lutar e nos pressionar com isso, mas apenas dizer: “Senhor, eu Vos ofereço isto, etc” e, então, fazer o melhor que pudermos para nos concentrarmos em tudo aquilo que estivermos fazendo. No caso de um monge beneditino, por exemplo, seu trabalho no jardim, ou na fábrica de velas (ou seja lá o que for) é importante e pode ser oferecido a Deus. Para fazer disso uma boa oferta – uma boa oração – ele deve prestar atenção no que está fazendo. Uma boa oração pode nos ensinar a nos concentrarmos e estarmos atentos a Deus nos diferentes momentos do dia. Uma oração em que constantemente nos distraímos e uma oração em que estamos sempre pensando adiante, por exemplo, sobre o que vamos fazer a seguir, precisa ser modificada. Não podemos evitar a distração, mas podemos nos recolher e voltar à nossa concentração. É o esforço que conta, juntamente com a intenção de nossos corações.
A palavra “Imolação” pode causar alguns problemas. O que ela significa? Uma definição é: “matar pelo fogo”. Isso faz dela uma boa palavra para nós porque há partes de nós, e coisas sobre nós, que devem morrer. O eu egoísta e inútil deve ser curado, e a prescrição é: “morrer para si mesmo”. Isso significa dizer “Não!” para esta parte de nós mesmos. Isso significa disciplina e sacrifício. O jejum faz parte deste processo de cura. A outra coisa sobre a imolação é que ela tem algo do sentido de “oferecimento”. O que estou oferecendo a Deus? Se permito que o Fogo do Espírito Santo me purifique, aquilo que já está espiritualmente morto em mim poderá finalmente ser destruído e removido. O que posso, então, oferecer a Deus é a mim mesmo purificado pelo fogo (imolado). O amor de Deus pode arder em meu interior e matar o pecado e as imperfeições. Isso não é trabalho de um dia ou de um ano, mas é importante ter a intenção. Afinal de contas, esse trabalho é de Deus e eu coopero com ele. Eu também sou imolado pelo sacrifício da obediência. A obediência pode ser um verdadeiro sacrifício; a negação do orgulho e a escolha da humildade (até, em alguns casos, a humilhação). “Aquele que se humilha será exaltado”.
Como eu disse no início, não há nada de novo aqui. Não estamos familiarizados com o convite a “aniquilar” tudo que nós somos para que possamos receber “tudo que é” Cristo? Basicamente, estamos lendo o mesmo chamado à santidade que nós já lemos nas mensagens. Vivam as mensagens e estaremos em união com Deus. O que mais precisamos saber?